Quem é Ary Franco?
R:ARY MENDES FRANCO é natural da cidade do Rio de Janeiro, nasceu em 25 de
novembro de 1933 e reside atualmente no município fluminense de Miguel
Pereira. Teve um único emprego na vida, na empresa "The Yorkshire Ins. Co.
Ltd.", do ramo de seguros, onde começou como "office-boy", em 01/05/1949
(com 16 anos incompletos) e ali permaneceu até os 60 anos, quando já ocupava
o cargo de Superintendente do Grupo. Freqüentando cursos noturnos e sempre
levando a sério os estudos, tornou-se bacharel em Letras. Na vida
profissional de único emprego, antes de atingir a Superintendência (com sede
no Rio de Janeiro) foi Chefe de Seção (no Rio) e Gerente da Sucursal de Belo
Horizonte. Diz que é um compulsivo "devorador" de livros e até hoje, com 79
anos bem vividos, tem sempre um deles em sua mesinha de cabeceira. O gosto
pela leitura fez do leitor contumaz um poeta de reconhecidos predicados. Ary
Franco gosta de escrever e ler poesias e, nesta área, considera-se um
autodidata
Em suas veias tem sangue poético hereditário ?
R: Não tenho hereditariedade poética.
Como e quando você chegou até a poesia?
R:Comecei a fazer estrofes, com 8 anos de idade. Brincava de roda e os
participantes, vez por outra, tinha que dizer um "versinho" bem bonito,
obedecendo a seguinte "intimação" rsrsrsr:
"Por isso, oh fulano, "entre dentro" desta roda.
Diga um verso bem bonito, diga adeus e vá se embora."
Como não valia repetir o que os anteriores disseram, tinha que improvisar e
sempre me saía muito bem (modéstia à parte).
Como surgiu sua primeira poesia e se ela foi feita em momento de emoção?
R: Minha primeira poesia se foi de minha memória, já de há muito tempo. Só
sei que a fiz para minha primeira namorada. Lembro-me do beijo que ganhei
quando acabei de declamá-la. Lembro-me da lágrima rolada na face e de seu
doce sabor. Quanto à poesia... lamento, o tempo apagou-a!;
Qual o seu tema preferido ?
R:Não tenho tema preferido. Posso falar de amor, como posso poetar sobre uma
folha caída ao chão, arrancada de sua árvore-mãe, e arrastada ao sabor do
vento. Sou cativo do que dita meu coração. Não tenho temas rotulados.;
É romântico ? Chora ao escrever?
R:Sim! Maioria das vezes, no repente do poetar, tenho as lentes de meus
óculos embaçadas por lágrimas marejadas pelos meus olhos. Impossível
controlar o incontrolável!;
Qual sua religião?
R:Não tenho religião. Sou Espiritualista. Segundo Allan Kardek, o
Espiritismo não é uma religião. É uma ciência e assim o acho. Através dele
encontro respostas às perguntas que me faço;
Um Ídolo?
R: Tenho vários ídolos: Madre Tereza de Calcutá, Mahatma Gandhi, Martin
Luther King, Chico Xavier e outros de grandeza equivalente;:
Você lê muito? Qual seu autor preferido?
R:Já li mais do que hoje leio. Quando criança, comecei "devorando" Monteiro
Lobato.
Para não olvidar nomes ilustres, prefiro não citar meus
Escritores/Professores preferidos;
Quais seus sonhos como poeta?
R: Sonho em um dia encontrar algum patrocinador que queira financiar a
feitura de um livro com meus mais de 300 escrevinhados. Doaria todo o
dinheiro para creches, orfanatos, asilos e similares;
Como e onde surgem suas inspirações?
R: Minhas inspirações fervilham em meu coração. Tenho que controlar-me para
não fazer um poema por dia. A quantidade nada me diz, primo mais pela
qualidade. Daí o procurar refrear-me;
Você já escreveu algo que depois de divulgado tenha se arrependido?
R: Sim! Um dueto erótico que fugiu totalmente ao meu estilo;
Qual o filme que marcou você?
R:" Saudosismo à parte, hoje não mais se faz filmes como antigamente. E o
Vento Levou, A Um Passo da Eternidade; Quo Vadis, Zorba o Grego, A Noviça
Rebelde;
Cleópatra e mais um dezena deles/
Como é o amor para você?
R:Quando falamos em amor, é inevitável cairmos no lugar comum de um casal de
apaixonados. Mas existem amores outros como o filial, o maternal, o
fraternal, o amor ao próximo, à natureza que Deus nos dá e renova-se
diuturnamente e que o Homem destrói. Tenho vários poemas falando de amor às
flores do meu jardim, às crianças abandonadas e por aí vai.