ALGOZ PAIXÃO

Ary Franco (O Poeta Descalço)



Não me quedo em pousadas, sou estradeiro.

Na ambivalência sensorial de meus quereres.

Sou nato dispersor de um arrebatar verdadeiro.

Ferrenho adepto na procura de maiores haveres.



Libertário contumaz, sigo algures ao sabor do vento.

Busco acepilhar o estoicismo do meu comportamento.

Debalde tentar arrostar o repto deste meu proceder.

Incoercível esse meu ser. Desse modo deverei morrer.



Sou mundano; hoje aqui, o amanhã entrego a Deus.

De rastilho aceso, meu coração busca novas paixões.

Da mesma forma que chego, me vou. Nem digo adeus.

Deixo pra trás romances partidos, cruéis desilusões.



Já tive um amor, fui fiel, um dia ele acabou, morreu!

Destarte, desiludido, passei a tudo o mais desdenhar.

Numa rota mochila às costas, carrego tudo que é meu.

Aquilo que mais pesa dentro dela é um sôfrego penar!
 
 
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