ALÉM MAR...
José Geraldo Martinez Neste porto eu espero tal qual um velho marinheiro, o vulto d'uma nau que venha lá do mar... Ah, este meu coração sofrido é um navio negreiro, juntando as dores no meu esperar ! Além mar pousa, qual dois candeeiros, meus olhos perdidos nessa amplidão... Tão longe dorme pelo Alentejo, uma doce moça , longe destas mãos ! E quem talvez esteja em terra portuguesa, aproveitando a ausência do distante amado é o vinho tinto a tocar-lhe a boca e a alma todinha a beijar-lhe o fado! Enquanto aqui o tempo vai passando... Maldito vence a imortalidade! Talvez não saiba que, em me matando, ainda a esperarei pela eternidade ... Copyright©2012
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