UM TODO CREPÚSCULO
 
Elaine Ermel
 
A  tarde vai e se desprende com pressa.
O vento chega com o seu manso sopro
E como quisesse as suas  marcas apagar,
Prossegue sem nada alardear. 
 
Os ramos  que bailavam ao vento,
Suas sombras jazem ao chão.

Os pássaros que seguem aos seus ninhos,

Anunciam em vôos silenciosos que a noite chegou.
O vermelho do sol,  ardente que foi,  se acalma
 E se confunde com o tímido horizonte do mar 
 
A onda que meus pés quer molhar,
Traz-nos o reflexo da noite,
Com o  brilho da lua, que se faz presente,
Toda a sua beleza quer ofertar.
 
E no suave toque das mãos
No espelho do teu olhar,
Minha ternura venho a ti mostrar
 
Num suave e lento caminhar,
A vida que segue, prossegue
Tudo ao nosso redor pulsa
O Todo, presente vai estar.
 
 
 
 
 
 
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