A tarde vai e se
desprende com pressa.
O vento chega com
o seu manso sopro
E como quisesse as
suas marcas apagar,
Prossegue sem nada
alardear.
Os ramos que
bailavam ao vento,
Suas sombras jazem
ao chão.
Os pássaros que
seguem aos seus ninhos,
Anunciam em
vôos silenciosos que a noite chegou.
O vermelho do sol,
ardente que foi, se acalma
E se confunde com o
tímido horizonte do mar
A onda que meus pés
quer molhar,
Traz-nos o reflexo
da noite,
Com o brilho da
lua, que se faz presente,
Toda a sua
beleza quer ofertar.
E no suave toque das
mãos
No espelho do teu
olhar,
Minha ternura venho
a ti mostrar
Num suave e lento
caminhar,
A vida que segue,
prossegue
Tudo ao nosso redor
pulsa
O Todo, presente vai
estar.