Vivo o silêncio de
você...
Ciducha Olhar cravado no infinito vazio da parede nua vivo o silêncio de você. Nesse parto de solidão, não há dor ou lágrima. Tomo sua mão envelhecida, afago seu cabelo grisalho, beijo sua boca ardente, abraço seu abraço terno. Não há queixa na voz que chama seu nome no escuro. Há apenas esse ardor amante de ser agora e sempre, de ser a primeira novamente: de ser amarca de seu traço, o passo do seu caminho; de ser o desejo forte que afoga meu peito Olhar cravado no impoderável silêncio da parede nua, meu peito seu apoio, meu braço seu amparo, seu abandono minha esperança Não exatamente perdida mas desgarrada de razões, motivos, alentos... vivo o silêncio de você!
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