AMAR É TRANSCENDER

Elaine Ermel


      O amor é um sentimento sublime que une almas afins em qualquer tempo.
      Diz-se dele, que rege o universo, a natureza, tudo enfim.
      Magnânimo, livre, nada o pode deter. Será? 
      Se pararmos para refletir um pouquinho, veremos que assim como ocorre com relação ao  sexo,
sua expressão é regulada por um conjunto  de permissões, normas, valores, regras estabelecidas histórica e
culturalmente com o objetivo de interferir na sua prática e  interiorizada através de  inúmeros procedimentos sociais,
 tais como a educação, a religião, movimentos culturais, etc.
     O amor romântico por exemplo é característico do Romantismo.
Até bem pouco tempo atrás, um "eu te amo" não era uma frase muito comum de ser ouvida e
casais enamorados ansiavam o momento de escutá-la, assim como desejavam o primeiro beijo.
       Através desse processo de regulação sua expressão sofre alterações quanto ao seu sentido, sua função  e,
 assim passamos a ter o amor paternal, filial, conjugal, fraternal, entre indivíduos do mesmo sexo ou sexos diferentes definidos pela sociedade.
      E numa sociedade como a nossa, preocupada com  "big brothers", onde as "novelas da Rede Globo" impõem comportamentos, 
que é  voltada para o que está em oposição aos sentimentos, baseada na exploração e
no consumo formam-se modelos que opõem-se a manifestação genuína e pura deste sentimento.
      Criam-se cascas protetoras para se defender dos outros, formas de freá-lo 
e muito pouco demonstramos do amor que sentimos quando amamos.
O que deveria ser espontâneo passa a ser controlado pelo medo, pela repressão  que boicota a entrega, a felicidade.
       Mas o amor quer apenas amar e de forma intensa apesar das advertências!
      Não descartar as manifestações de zelo, cuidados, carinhosas do amor de nossas vidas,
requer coragem, uma vez que hão tantos fatores regulando-o.
      E ter coragem de manifestar estas sensações intensas do amor é transcender a "ordem"
do que nos pressiona tanto, pois  estas, muitas vezes estão sujeitas a proibições e por muitos podem ser consideradas um ultraje.
      E ao fazê-lo, corre-se o risco de ser mal interpretado por alienados,
 por aqueles que tem uma visão infantil, de possessividade, de ciúmes, de inveja, imatura  do amor e
que incapazes de vencer seu egoísmo, suas limitações e culpas, procuram envolver-nos de forma ardilosa.
Relações se perdem, o amor é sufocado.
O amor pede socorro num tempo de tanta solidão e carência!
Enfrentar o medo de ser feliz é um passo fundamental rumo a maturidade emocional.
Não podemos deixar de tentar, pois uma relação madura e duradoura,
 que envolva  afinidades intelectuais, que inclua lealdade, gratidão e sinceridade é um prazer que renova-nos de forma infinita.
  Ame! Ame muito! Intensamente, todos os dias!
Apaixone-se pelo seu amigo(a), seu filho(a), seu namorado(a). seu marido, sua esposa e diga- lhes o quanto os ama, todos os dias!!!

 

 

 

                     

 

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