Ciranda " Á criança que fui"

           Eugênio de Sá e Walkyria Garcia convidaram   e 23 poetas  participaram formando

                           esta linda ciranda que foi dirigida por Walkyria Garcia.

CandySaad

Participantes:

1-Eugénio de Sá 13-Samuel de Freitas Oliveira
2-Walkyria Garcia 14-Candy Saad
3-Helô Abreu 15-Ogüi Lourenço Mauri
4-Eda Carneiro da Rocha 16-José Roberto Abib
5-Clara da Costa 17-Ciducha
6-Paulo Silveira de Ávila 18-Heloisa de F. Abrãao
7-Hamilton Brito 19-Odir Milanez
8-Scheila/olhos azuis 20-Mônica Urzùa Ytier
9-Theca Angel 21-Naída Terra
10-Carolina Ramos 22-Sueli Santos
11-Socorro Lima Dantas 23-Dioni Fernandes Virtuoso
12-Luiz poeta  

 

 
01 - Á criança que fui

 

Eugénio de Sá

 

 

 

 Pela inocência perdida e insuprível,

 

Pela espontaneidade irreprimível,

 

Pelo encanto da súbita expressão,

 

Pelo gesto solidário inesperado,

 

Hoje choro esse eu, desfeiteado

 

Pelas perturbações do coração! 

 

 

 

À criança que fui peço desculpa

 

por tudo o que depois se passou.

 


Sintra / 08.11.2001

 

                  

 

02 - A criança que és

 

Walkyria Garcia

 

 

 

Desperta criança querida

 

Ainda estás adormecida...

 

Desperta e dê-se a conhecer!

 

Vem rir, brincar, cantar,

 

Os Anjos irão adorar!

 

 A criança a quem pede desculpas

 

Perdeu-se nas brumas do Tempo

 

No agora meu Menino

 

Você é só encantamento !

 

 SP/12.08.2015

 

 

03 - A criança que ainda sou

 

Helô Abreu

 

 

 

Ainda me sinto uma criança

 

apesar da idade não perdi inocência

 

nem espontaneidade

 

o encanto ainda vive em mim

 

quando sento no chão e brinco com meus netos

 

e rio do meu eu, velha criança despenteada

 

ali no chão sentada

 

com o coração pleno de amor

 

sem saudades nem mágoas sem dor

 

só amor

 

Á criança que fui no passado

 

agradeço as vivências

 

que me deixam  ser

 

eternamente criança!

 

 

 

04 - Como é bom ser criança!

 

Eda Carneiro da Rocha

 

" Poeta Amor!

 

  

 Como é bom ser criança!

 

Pular corda, amarelinha.

 

Debruçar nas árvores

 

ver tudo tão certinho,

 

neste nosso mundinho!

 

 

 

Dar muitos beijinhos

 

nos nossos sonhos

 

deste mundo infantil

 

cheio de encantos mil!

 

 

 

Como é bom ser criança!

 

Digo-lhes mais uma vez.

 

Com meu pião na mão

 

Perto do seu coração!

 

 

 

05 - A criança em nós

 

Clara da Costa

 

 

 

A criança que em nós habita,

 

não pode perder aquele olhar de esperança,

 

o sorriso constante,

 

a perseverança.

 

 

 

Viver,

 

é despertar essa criança

 

é não perder o sorriso,

 

é saltitar de esperança,

 

é seguir com fé,

 

rejuvenescendo sempre o coração.

 

 

 


06 - Ser criança

 

Paulo Silveira de Ávila

 


 

 

Lua...

 

Dá-me o olhar daquela criança,

 

foco que transluz como a pureza do cristal,

 

vida e luz.

 

Teu sorriso irradia a beleza do coração,

 

é delicado e matizado como as rosas serenas.

 

Como me emociona suas brincadeira,

 

ora menino arteiro, teimas como criança,

 

ora sensato, ponderado, na cabeça mil sonhos,

 

às vezes inocentes, às vezes carinhosos.

 

Presença serena, música e canção,

 

reluzindo na sua alma criança.

 

Com sua pena rabisca as primeiras letras,

 

são bilhentinho de sonhadores,

 

na tranquila beleza, há uma singular alegria

 

que é o esplendor de seres criança.

 

 

 

07 - A criança que agora serei

 

Hamilton Brito

 

 

 

 Em um mundo de fantasias

 

É onde doravante viverei.

 

Um mundo para as pipocas

 

Meus joguinhos de biroscas

 

Cheios de esconde-esconde.

 

Deixarei de ser pragmático

 

E aquela postura de enfático

 

Vou deixar tudo pra trás...

 

Alimentar uma nova esperança

 

Aquela própria de uma criança

 

Pois é o que novamente serei

 

 

 

08 - A criança que fui

 

Scheila/Olhos_azuis

 

 

 

 Sofrida deprimida.

 

Medos, brigas...

 

A criança que fui

 

ainda permanece em mim...

 

A criança que fui ainda vive dentro de mim

 

Esperando o momento...

 

mesmo que a criança que vive em mim,

 

já se tornou adulta...

 

Mas jamais esqueceu dos sonhos

 

daquela criança que vive em mim...

 

 

 

09 - À criança que fui...

 

Theca Angel

 

 

 

A menina que me lembro era feliz,

 

Alegre, sempre a correr e brincar,

 

Para quem o mundo era um lugar

 

Onde a cada dia se sentia aprendiz.

 

 

 

De longos e lisos cabelos negros

 

Arrumados em grossas tranças...

 

 Sapequinha como qualquer criança,

 

Entendia, do mundo seus segredos.

 

 

 

 Brincava as brincadeiras infantís

 

 de roda, lenço atráz, amarelinha...

 

Mas seu amor era sua bonequinha.

 

 

 

Quando chegaram os ventos juvenís

 

E a infância, pelo tempo foi levada,

 

Deixou felicidade sempre lembrada!

 

 

 

10 - Ser criança...

 

Carolina Ramos

 

 

 

Quem  se  esquece  da vida e  vive  apenas ,

 

a sonhar  que a ventura é uma  aventura...

 

E, se ela oferta  luz,  livre de penas,

 

nela colhe  as delícias que procura,

 

 

 

há de saber que tem alma de Poeta,

 

e saberá  também, que a infância é breve!

 

E alonga-la, mais suave torna a meta

 

e o fardo, cruel, da vida, faz mais leve!

 

 

 

O Poeta sempre nina  uma  esperança

 

no coração que sonha ! E, mesmo em fugas,

 

há de salvar  seus sonhos de criança,

 

cantando:  - A vida é bela!  - alheio às rugas!

 

 

 

11 - ah, criança travessa !

 

Socorro Lima Dantas

 

 

 

Ah, criança travessa,

 

Levada, curiosa, destemida,

 

Cheia de sonhos e ilusões.

 

Eu só queria brincar

 

Curtir o meu jardim

 

E correr atrás das borboletas !

 

Tinha um fascínio por elas,

 

Ia ao jardim da minha casa

 

Para observar o vôo e admirar aquelas asas coloridas

 

Parecia que estavam bailando

 

A valsa dos anjos

 

e queriam comigo aquele balé partilhar.

 

Nós sempre marcamos um encontro:

 

Eu e as borboletas estávamos juntas às 4 horas da tarde !

 

Quando eu chegava procurando por elas,

 

Saia uma por uma das folhagens das árvores

 

E elas começavam a me rodopiar e eu, a admirá-las,

 

Como eram lindos aqueles momentos !

 

Eu, criança travessa

 

Conseguia a minha alma acalmar

 

Apenas com o deslumbramento das

 

Borboletas a voar... E voar..

 

 

 

12 - Essa criança solitária que eu fui

 

Luiz Poeta

 

Luiz Gilberto de Barros – às 8h e 53 min do dia 15 de agosto de 2015 do Rio de Janeiro, para a “Cirança que fui” – do meu irmão Eugénio de Sá e amigos.

 

 

 

 Esse menino que eu tenho no meu peito,

 

Nasce do amor que outra criança me dedica;

 

É o teu amor que sempre pulsa satisfeito

 

Num coração que a emoção sabe onde fica.

 

 

 

Esse menino que me vem, se eu silencio,

 

Olhando o espelho, procurando alguma luz

 

No meu olhar... vem visitar, quando eu me me rio

 

Da solidão, com a emoção que me traduz.

 

 

 

Essa criança   solitária que eu fui

 

...e ainda sou... quando estou mais fragilizado

 

Só quer brincar de conversar com o que flui

 

 

 

Do meu olhar, quando ele sonha e se abstrai

 

Com seus brinquedos virtuais... impressionado...

 

Com a solidão da minha lágrima... que cai.

 

 

 

13 - Acho que por isso sou feliz

 

Samuel de Freitas Oliveira

 

*Sá de Freitas*

 

 

 

 Aquele riso de feliz criança,

 

Inda conservo em mim depois de idoso,

 

Pois mesmo envelhecido sou ditoso,

 

Por cultivar o amor e a esperança.

 

 

 

Embora a dor e a mágoa em minha andança,

 

Por este mundo um tanto tenebroso

 

Existam, vou seguindo vitorioso,

 

Porque meu coração de amar não cansa.

 

 

 

Amo a mim e amo o semelhante,

 

Esqueço ofensas, sigo triunfante,

 

Conforme a minha imperfeição concebe.

 

 

 

Se vem-me o pranto, meu sorriso o enxuga;

 

Se a luta chega, não me ponho em fuga;

 

Se alguém me ofende meu perdão recebe.

 

 

 

14 - Ser criança

 

Candy Saad

 

 

 

Ser criança é ser feliz!
É acreditar que todos são bons,
ver beleza nas pessoas,
sem a ninguém discriminar.
É não ter medo do perigo!
Dar amor sem olhar a quem...
Ser criança é ter inocência,
rir e falar o que sente...
É uma flor abrindo para a vida
e precisa de muito adubo chamado "Amor"

 

Ser criança é fazer a vida colorida...
viajar num arco íris,sem medo de ser feliz.

 

 

 

15 - Quando eu era um petiz
Ógui Lourenço Mauri

 


No ventre de minha mãe, não me engano,
Eu já tinha Deus, e tudo em Seu nome.
No seio materno, matava a fome
Da força orgânica e calor humano.

 

Meu pai era o maior homem do mundo,
Via-me forte em sua companhia.
Igual a ele, ansiava ter, um dia,
Veio moral infindável, fecundo.

 

A infância se foi e meus pais também...
O povo se reveza em paz e insulto!
Eu não sei se compensa ser adulto,
Detido em minha casa, qual refém.

 

Ganhei na vida, curvei-me à vivência;
Nada se iguala à minha meninice.
Assim como o poeta uma vez disse,
Perdi, na idade adulta, a independência.

 

Quando eu era um petiz, tive a bonança
Do sorriso em volta, do amor dos pais.
Da vida a salvo, que terei jamais...
Ah, se eu voltasse aos tempos de criança!

 

 

 

16 - Quando criança

 

José Roberto Abib

 

 

 

Meus passos já não mais pequenos

 

Agora emocionado relembro,

 

Gostaria muito de recobrá-los,

 

Porque tanto amei esta riqueza

 

Que o fluir da infância me deu,

 

Fui criança, aprendi a sorrir,

 

Nunca abri mão da alegria, jamais

 

A deixarei, porque nestes sonhos

 

Que ainda cultivo, ouço brandos

 

Reclamos da saudade,

 

Parece que me arde no peito

 

A imensa vontade: ser criança

 

Tantas vezes quantas a alegria

 

For capaz de me permitir...!!!

 

 

 

17 - Um dia eu fui assim!...

 

Ciducha

 

 

 

Um bebê lindo, uma menina

 

loira de olhos azuis!

 

O orgulho dos meus pais...

 

Que sonhavam  me fazer uma princesa

 

e da vida só alegrias e venturas!

 

Fui mimada, amada e idolatrada!

 

 

 

Só que eles esqueceram de me preparar

 

para as vicissitudes da vida...

 

E quando esse momento chegou

 

trazendo dor e perdas,

 

meu mundo desabou!

 

 

 

Hoje, apesar dos meus cabelos brancos,

 

olho no espelho e consigo enxergar

 

a menina que eu fui um dia

 

que pelos sonhos vivia a navegar

 

sem porto e sem mar

 

mas sempre feliz, muito feliz!

 

 

 

18 - A criança que fui

 

Heloisa F. Abrahão (SC)

 

 

 

Sento na relva embaixo da arvore,

 

Relembro feliz a criança que fui.

 

Sempre serelepe, ativa e brincalhona.

 

Sonhadora com tempos de amor, paz.

 

Sorriso marcante e cativante.

 

Mãos carinhosas.

 

Tão inocente, tão pura e romântica,

 

E ainda vive em mim.

 

Esta criança tão linda encantadora,

 

Não deixo escapar, esta sempre

 

A me encantar.

 

 

 

19 - Tempos de criança

 

Odir Milanez

 

 

 

Bons tempos de criança dos folguedos,

 

quando, apesar das prédicas da escola,

 

com seus muros matando-nos de medo,

 

mesmo sendo de meia, havia a bola!

 

A vista nos enchia de brinquedos!

 

Além do papangu, moldado a cola,

 

os ioiôs volitando em nossos dedos,

 

a corrida do pega à bandeirola!

 

Bolas de gude, pipas de crepom,

 

as brigas sem rancor, sem mais vingança,

 

do primo baile a marca de batom...

 

Havia em tudo as cores da esperança.

 

Ser criança, meu Deus, como era bom,

 

como eram bons os tempos de criança!

 

 

 

JPessoa/PB

 

17.08.2015

 

oklima

 

 

 

20 - Mi niña

 

Mónica Urzúa Ytier

 

 

 

Como te amo!, mi niña,

 

llenas mi corazón.

 

Con esos tus ojos verdes

 

Que iluminan los senderos,

 

Y despiertan el amor.

 

Tu risa viene del cielo,

 

Tu baile viene del viento,

 

Y tu abrazo que me envuelve,

 

Se parece a mil luceros...

 

Ay! Como te amo mi niña

 

Princesita de mi amor

 

 

 

21 – Minha criança

 

Naidaterra

 

 

 

Adorável como o perfume de rosas,

 

Iluminada tal qual uma estrela brilhante.

 

Ainda sonha com princesas formosas,

 

Príncipes e um lindo anel flamejante...

 

 

 

22 - A criança que fui

 

Sueli Santo

 

 

 

Na lembrança a saudade flui

 

saudade da criança que fui

 

inocente, sem preocupação

 

em sua casinha de brinquedos

 

distraída com seus folguedos

 

não sabia o que era depressão

 

em seu mundo tão pequeno

 

tinha um olhar mais sereno

 

hoje, perdido entre os medos.

 

 

 

 

 

23 - A criança que fui

 

Dioni Fernandes Virtuoso

 

  

A criança que fui um dia

 

fez do meu peito sua morada,

 

mas não me impediu de amadurecer.

 

Fica dentro de mim aquietada

 

até ser por alguém cutucada

 

para alegrar o seu viver.

 

Ela me faz sentir a eterna menina

 

que vibra, ama, se emociona,

 

aprende e com seu amor ensina.

 

Muitas alegrias me proporciona!

  

Criciúma/SC/2015