INSÔNIA
Ana Kilesse
Esta insônia
impiedosa
Sacode o corpo para
viver
Alertando os
sentidos
Fazendo sofrer a
matéria
De quem se esqueceu
de viver
As horas martelam
aos ouvidos
Segundos, minutos de
um tempo
Que implacável
continua seu curso
Medo ou incapacidade
de como fazer
Já que a razão não
mais se impõe
Presente mesmo só a
incerteza
Incerteza do amanhã
que chega
Cheio de
interrogações...
É o desconhecido que
vem
Trazendo o que de
melhor
Pode ofertar a cada
um
Semeadores
inexperientes
Desviam o curso da
vida
Como quem sabe o que
faz
O amanhã trará
surpresas
Será sempre a
esperança
Um retorno a
realidade
Fazendo ver os cegos
de alma
A vida como ela é...
Ou como queremos
vê-la?
Duvidas são quimeras
De um tempo que
passou
Deixando marcas
profundas
Numa alma descuidada
De quem fez do seu
tempo
Um livro com páginas
em branco
Ou mesmo faltando
uma parte
Da sua historia de
vida.
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